Se para alguns é errado nominar-se de arminiano ou calvinista (dizem estes: não sou nem uma coisa e nem outra, sou bíblico), no sentido de identificar-se com alguns aspectos de um sistema teológico, seguindo a mesma lógica, não seria errado definir-se como pentecostal ou tradicional, no sentido de identificar-se com a sua origem histórica e com alguns pontos doutrinários (deveriam dizer: eu sou cristão)? Não seria ainda errado denominar-se assembleiano, batista, luterano, presbiteriano, etc., no sentido de identificar-se com uma placa denominacional (deveriam dizer: eu sou da igreja de Jesus)?
Dessa forma, alguém censura e rejeita a
nominação teológica, mas de maneira contraditória aprova e aceita a definição
nominal histórica e doutrinária, e a denominação eclesial.
E sobre a argumentação da não
identificação com os sistemas teológicos por serem falhos? E não são falhos
também os compêndios doutrinários, os processos históricos, as práticas
eclesiais e denominacionais?
Entendo que o problema não está
essencialmente em adotar nomes, definições ou denominações, mas no grande
desafio de se viver essa realidade e diversidade "evangélica" (aqui
temos um outro nome ou identificação), respeitando (mesmo não concordando e até
expondo os pontos discordantes) a forma diferente do sistema teológico, a
origem histórica e a doutrina, a prática eclesial e os costumes denominacionais
alheios.
Bom, de acordo com essa
diversidade nominal, conceitual e denominacional sou: evangélico, pentecostal
clássico, assembleiano e arminiano (posso ter esquecido mais algum).
Tirando os nomes, as definições e
as denominações, sou simplesmente alguém salvo pela graça de Deus, mediante a
fé em Jesus Cristo!
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