Em seu livro Os Cinco Níveis da Liderança, John Maxwell descreve de maneira bastante pertinente as qualidades daqueles que pertencem ao seu círculo íntimo na liderança, que o ajudam a se manter com os pés no chão no alto nível da liderança alcançado. São elas:
- Amá-lo incondicionalmente
- Representá-lo de acordo com os seus valores
- Cuidar de seus pontos cegos (aquilo que ele não consegue enxergar ou perceber)
- Compensar os seus pontos fracos
- Continuar crescendo
- Cumprir suas responsabilidades com excelência
- Ser honesto com ele
- Dizer o que ele precisa ouvir, e não o quer ouvir
- Ajudá-lo a carregar o peso, e não ser um peso extra
- Trabalhar juntos como equipe
- Agregar-lhe valor
- Aproveitar a jornada com ele
Por fim, Maxwell conclui de forma esplêndida:
"As pessoas do meu círculo íntimo me dão estas coisas e, em troca, dou-lhes a minha lealdade, amor e proteção. Recompenso-os financeiramente. Desenvolvo-os na liderança. Dou-lhes oportunidades. E compartilho as minhas bênçãos."
Em sua obra O Príncipe, que deve ser lida com muita criticidade, Nicolau Maquiavel escreve algo muito parecido sobre o tratamento que deve ser dado aos principais ministros ou assessores de um governante:
"[...] o príncipe, para assegurar-se do ministro, deve pensar nele, honrando-o, fazendo-o rico, obrigando-o para consigo, fazendo-o participar de honrarias e cargos, de modo que as muitas honrarias não lhe façam desejar outras, as muitas riquezas não lhe façam desejar maiores, e os muitos cargos não lhe façam temer mutações. Quando, pois, os ministros, e os príncipes com relação a estes, são assim, podem confiar uns nos outros; de outra forma, o fim será sempre mau para uns e outros."
Com o seu círculo mais íntimo, na condição de líder sobre todos os líderes, Não tendo riquezas materiais para compartilhar com os Doze, Jesus compartilhou as riquezas espirituais, concedendo-lhes os mais profundos ensinamentos e sentimentos. Jesus compartilhou ternura, amor, misericórdia, perdão, poder e autoridade espiritual. Jesus conseguiu com isso a fidelidade de um grupo disposto a levar a sua mensagem adiante, a testemunhar de sua ressurreição, e a morrer por ele.
Os princípios presentes nos exemplos aqui citados, que ensinam sobre a necessidade de honrar proporcionalmente os que contribuem de forma mais significativa com o líder, são indispensáveis no exercício da liderança cristã.
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