Tomei a iniciativa de
escrever este texto para ajudar alguns companheiros, e alertar outros, pois estão comprometendo o próprio ministério, trabalhando contra si mesmos.
Intitulei este post de Transtorno Bipolar Ministerial,
e é pertinente lembrar que:
O
transtorno bipolar do humor, também conhecido como distúrbio bipolar, é uma
doença caracterizada por episódios repetidos, ou alternados, de mania e depressão.
Uma pessoa com transtorno bipolar está sujeita a episódios de extrema alegria,
euforia e humor excessivamente elevado (mania), e também a episódios de humor
muito baixo e desespero (depressão). Entre os episódios, é comum que passe por
períodos de normalidade.
Deve-se
ter em conta que este distúrbio não consiste apenas de meros "altos e
baixos". Altos e baixos são experimentados por praticamente qualquer
pessoa, e não constituem um distúrbio. As mudanças de humor do distúrbio
bipolar são mais extremas e mais duradouras que aquelas experimentadas pelas
demais pessoas. (Wikipédia)
Fico impressionado com a
variação de humor de alguns pastores, pregadores e ensinadores, que no púlpito
exalam alegria, simpatia, cordialidade, gentileza e coisas semelhantes a estas,
mas fora dele tornam-se pessoas de difícil convivência, praticamente
irreconhecíveis.
Quando estão com o humor
alto (no púlpito), abraçam, brincam e falam até em línguas. Quando estão com o humor
baixo (fora do púlpito), se distanciam e falam arrogantemente.
Com o nível baixo de humor
reclamam de tudo e de todos. Reclamam do carro que vai buscá-los no aeroporto,
reclamam do motorista, reclamam do hotel, reclamam das refeições, reclamam do
som, reclamam do sonoplasta, reclamam da temperatura ambiente no templo, reclamam
até da oferta que recebem.
Infelizmente, muitos estão
fechando portas por onde passam para si próprios. São convidados uma vez, para
nunca mais voltar. Possuem até uma boa palavra no púlpito, mas foram dele
estragam o que construíram.
Acontece também o contrário,
ou seja, fora do púlpito o obreiro é gente boa, e no púlpito se transforma em
alguém que só sabe dar pancadas com a palavra. Nunca tem uma mensagem que
promova alívio, conforto, consolação e edificação. Entende que o bom ensino e
doutrina são aqueles ministrados apenas com o chicote na mão.
Vale ressaltar que a
bipolaridade ministerial não afeta apenas obreiros itinerantes. Há pastores
locais que no púlpito e fora dele espantam e afugentam as ovelhas. Fazem com
que as ovelhas desejem distância deles, pois as intimidam, maltratam e
machucam.
Aqueles que têm consciência
de sua própria condição de bipolar, mas não conseguem superá-la, vivendo em
constante luta interior, devem buscar ajuda espiritual, psicológica e terapêutica.
Fica aqui o alerta para
todos nós, e que possamos com isso analisar como anda nosso humor no púlpito e
fora dele. Isso pode salvar nossa carreira ministerial.
Paulista-PE, 23/11/2012
Um comentário:
Muito bem falado irmão Altair, abordou o assunto com sabedoria e com graça, foi buscar uma doença para falar em assunto muito sério, o meu desejo é que muita gente possa ler as suas palavras.
Gostei do que li e achei um blog abençoado, onde se aprende muito.
Sou António Batalha, tenho um blog peregrino e servo, se me der a honra de o visitar ficarei grato.
PS. Se seguir meu blog faça-o de forma a que eu possa encontrar o seu blog para segui-lo também.
Que a Paz de Jesus seja sempre consigo.
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