
Um dia, o carvalho majestoso dirigiu a palavra ao junco:
- Eu morro de pena de você, coitadinho, o destino não lhe foi generoso, não é? É tão fraquinho, que não pode agüentar nem ao mesmo o peso de um passarinho, e o mínimo de sopro de vento o faz abaixar até o chão. Olhe para mim: nos meus galhos, ao contrário, há ninhos em quantidade e alegres cantos de pássaros se cruzam ao meu redor do amanhecer ao pôr-do-sol. O mais forte temporal nunca me tirou do lugar.
O junco escutava, atento.
- Se pelo menos - retomou o carvalho - você tivesse nascido e crescido ao meu lado! Eu o teria abrigado e protegido. Mas você esta aí, à beira do córrego, ao sabor das intempéries!
- As suas palavras são ditadas pelo bom coração e eu lhe agradeço, grande carvalho - rebateu imediatamente o junco. Mas o meu destino não é assim tão amargo como você fala. O vento me maltrata, mas não consegue me quebrar e, assim que ele vai embora, eu levanto a cabeça de novo.
Bobagens! - resmungou o carvalho.
E sacudiu a grande folhagem verde, aborrecido por ter sido contrariado por aquela plantinha insignificante.
Dali a pouco o céu começou a cobrir-se de nuvens ameaçadoras, ficou escuro c

Atingido em cheio por aquela fúria descontrolada, o grande carvalho caiu no chão com um estrondo, a sua folhagem verde foi arrastada para longe e se espalhou, as raízes foram arrancadas da terra.
O humilde junco, abaixado o córrego, resistiu. E quando o céu ficou calmo, levantou novamente a cabeça para o azul.
Fonte: Estórias - Pe. Josué Nascimento - Travessia
"Aquele, porém, que se gloria, glorie-se no Senhor. Porque não é aprovado quem a si mesmo se louva, e sim aquele a quem o Senhor louva." (2 Co 10.17-18)
3 comentários:
O importate não é se encontrar em lugar de destaque e sim o permanecer nele.
Deus nos livre de sermos arrogantes!
por um instante ate podemos parecer estar abatidos,mas,nunca destruidos ( 2 Co 4:9b )
Por um instante até podemos estar abatidos,mas nunca não destruidos
(2 Co 4:9b)
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