O maior líder, pedagogo e professor de todos os
tempos, Jesus, resumiu o objetivo geral de seu Projeto Político Pedagógico, a
sua declaração de propósitos da seguinte forma:
E ensinava nas suas sinagogas e por todos era louvado.
E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo
o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler.
E foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou
o lugar em que estava escrito:
O Espírito do Senhor é
sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os
quebrantados do coração,
a apregoar liberdade aos
cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os oprimidos, a anunciar o ano
aceitável do Senhor.
E, cerrando o livro e tornando a dá-lo ao ministro, assentou-se; e os
olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.
Então, começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos
ouvidos. (Lc 4.15-21)
[...] eu vim para que tenham vida (zoen) e a tenham em abundância. (Jo
10.10b, ARA)
Promover vida implica em libertar o ouvinte de
alguns cativeiros através do ensino da Palavra: cativeiro espiritual, intelectual,
cultural, emocional, moral, etc. Os principais oponentes de Jesus foram o
diabo, os escribas e os fariseus, que eram os agentes opressores e dominadores
do povo.
Para
realizar a sua tarefa de superar os desafios que estão diante da EBD na contemporaneidade, é necessário que o líder e
professores da EBD superem alguns desafio.
1
– O Desafio Hermenêutico ou Interpretativo (Lc 1.1-4; 2.40-46; 4.3-4; 6-8;
10-13)
Jesus
combateu o racionalismo dos saduceus e o legalismo dos fariseus. Nos nossos
dias o alegorismo, o liberalismo teológico e o desconstrucionismo trabalham
contra a interpretação bíblica.
Precisamos
desenvolver a habilidade de interpretarmos as Escrituras considerando a real
intenção do autor, sendo éticos e responsáveis diante de tão nobre tarefa (2 Tm
2.15)
2
– O Desafio Pneumatológico ou de Poder Espiritual (Lc 3.21-22)
Tal
desafio envolve a prática da oração (Lc 11.9-13), o revestimento de poder do
Espírito (Lc 4.1, 14, 15 e 36, 16-19; 11.20; Atos 10.37-38).
Precisamos
combater em nossos dias o conformismo espiritual mórbito, o cessacionismo e o academicismo estéril.
3
– O Desafio Homilético ou Comunicativo (Lc 4.2-21)
A
palavra de Deus deve ser comunicada com profundidade, simplicidade, autoridade
e aplicabilidade.
Devemos
evitar o exibicionismo, o verbalismo e os sofismos modernos.
4
– O Desafio Relacional ou Afetivo (Jo 11.3, 36; 13.1, 34; 15.9)
O
amor, a amizade, o acolhimento o cuidado e atenção precisam nortear as
relações entre professor/aluno, docente/discente, ensinante/aprendente,
mestres/discípulo.
As
relações mecânicas e formais distanciam as pessoas fisicamente, emocionalmente,
sentimentalmente e afetivamente.
5
– O Desafio Institucional ou da Tradição (Mt 15.1-6; Jo 9.14)
A
tradição nas instituições não deve trabalhar contra o desenvolvimento da
educação cristã e o alcance dos seus propósitos. As pessoas são mais
importantes que as coisas. Os princípios são mais relevantes que as formas.
As
tradições são boas quando elas promovem e valorizam a vontade de Deus para com
as pessoas (2 Ts 2.15). Estas sim, precisam ser mantidas. Somos resistentes às
mudanças, e dessa forma fossilizamos métodos e modelos que já não atendem mais
as necessidades das pessoas de nosso tempo.
É
possível e necessário mudar, e adaptar o nosso jeito de fazer as coisas, sem
relativizar valores e fundamentos bíblicos.
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