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FAMÍLIA E A SEXUALIDADE – A QUESTÃO INFANTIL E JUVENIL
A exposição de nossos filhos
aos conteúdos pornográficos nunca foi tão alarmante. A educação sexual num lar
cristão saudável, além de instruir biblicamente sobre a questão, protegerá os
nossos filhos diante dos ataques num mundo “pornificado”.
O acesso às questões que
envolvem a sexualidade e a pornografia ocorre cada vez mais cedo e em maior
escala na vida das crianças e adolescentes. Alguns ambientes de acesso são:
- O lar. Os primeiros contatos de uma criança com material
pornográfico pode acontecer dentro de sua própria casa, num lar onde crentes e
não crentes habitam, ou num lar totalmente cristão (há pais cristãos que
infelizmente consomem conteúdo pornográfico). O material com conteúdo
pornográfico pode ser revistas, livros, vídeos, videogame, TV a cabo, internet,
etc. Observe o que afirma Pamela Paul sobre o assunto:
Quer
os pais passem pornografia aos filhos deliberada ou inadvertidamente, quer
tentem escondê-la deles ou consumi-la fora de casa, as crianças hoje entram
muitas vezes em contato com esse mundo por sua própria conta e em geral nem
sequer esperam pelo surgimento dos hormônios. Podem sintonizar um canal a cabo
na televisão, descobrir um programa de acesso público ou pedir um filme pago.
Podem ainda encontrar vídeo ou DVD na coleção do vizinho ou do irmão mais
velho. Segundo um estudo de 1995 com adolescentes da Califórnia, conduzido por
Gloria Cowan e Robin Campbell, 83% dos garotos e 48% das garotas de colégio
declararam já ter assistido a vídeos ou filmes de sexo explícito [...]. Esses
números são sem dúvida mais elevados atualmente, já que as crianças descobrem cada
vez mais pornografia na Internet [...]. Aprender a curtir pornografia on-line
está se tornando rapidamente a nova regra. Nos termos da pesquisa Pornified/Harris,
71% dos jovens de dezoito a vinte e quatro anos concordaram com o enunciado “Vi
mais pornografia na Internet do que em outros veículos (revistas, cinemas, TV)”
[...]. Um estudo realizado em 2004 pela London School of Economics revelou que
60% das crianças que usam regularmente a Internet entram em contato com a
pornografia. A pronografia se integrou à cultura pop adolescente; a cultura do
videogame, por exemplo, exalta a obscenidade. Uma fita de 2004, The Guy Game,
mostra mulheres exibindo os seios quando dão respostas erradas num teste; o
jogo, disponível em Xbox e PlayStation 2, sequer recebeu a classificação “Só
para Adultos”.[1]
Muito embora a pesquisa seja
no contexto dos Estados Unidos, a realidade está bem presente em nosso país.
Dessa forma, além de trabalhar no sentido de não expor os filhos aos conteúdos
pornográficos, tomando cuidado em não adquirir material pornográfico, bloquear canais de TV impróprios, instalar bloqueadores
de sites e conteúdos pornográficos no PC, notebook, netbook, tablets, etc., os
pais devem ser os melhores amigos de seus filhos, conversando sobre questões de
sexualidade na medida em que isso se tornar necessário, e considerando a
linguagem, o desenvolvimento cognitivo e moral da criança. Tratar de questões
sobre sexualidade com crianças e adolescentes sem considerar esses fatores,
pode causar transtornos, bloqueios, curiosidade exacerbada e outros prejuízos
aos mesmos.
Se os nossos filhos não
receberem educação sexual com respaldo bíblico em nossos lares, aprenderão em
outros ambientes, com outras pessoas, e possivelmente com uma abordagem
distorcida, liberal e relativista.
- A Escola. No contexto brasileiro a educação sexual na escola se
apresenta de maneira oficial e abusiva. Professores apresentam aos alunos
conteúdos pornográficos em sala de aula, no laboratório de informática e em
outros espaços sem constrangimento algum. Bom, num contexto onde a educação
sexual é banalizada e distorcida, o que se pode esperar.
A escola é um dos
aparelhos ideológicos do Estado, e nela se reproduz através das aulas (discurso oficial), de
cartilhas e panfletos (literatura oficial) a imoralidade e a banalidade que
assola a sociedade pornificada, que zomba dos princípios cristãos e
ridiculariza a Bíblia, e tudo isso aprovado e recomendado pelos órgão oficiais de educação. O vídeo abaixo fala por si só, e apresenta sérias
denúncias sobre o tema aqui em questão:
Vale salientar, que nem todo
contato com questões que envolvem sexualidade e pornografia parte de professores. Muitos alunos buscam por si mesmos nos laboratórios de informática da escola ou faculdade,
em revistas, nos seus celulares com acesso a Internet, nas conversas em grupo, etc.
o contato com o mundo da pornografia (sexualidade pervertida ou distorcida).
Os pais crentes precisam
saber de uma vez por todas que é impossível monitorar e controlar seus filhos
vinte e quatro horas por dia. Então o que fazer? Antes de tudo, fortalecer a
confiança nas relações familiares e aumentar a quantidade e a qualidade do
diálogo, da conversa franca, do papo aberto e amigável. Precisamos também cobrir
nossos filhos com oração, pedindo a ajuda de Deus nesse processo tão difícil, contra
essa astuciosa arma de Satanás para destruição de nossas crianças e jovens, contra
esse poderoso atrativo da carne que é a pornografia e o ensino distorcido e
pervertido sobre sexualidade.
Pais e filhos devem entender
que a sexualidade foi criada por Deus, mas uma vez praticada sem considerar os
fundamentos da Palavra, torna-se pecado.
[1]
PAUL, Pamela. Pornificados: como a pornografia está transformando a nossa vida,
os nossos relacionamentos e as nossas famílias. São Paulo: CULTRIX, 2006, p.
167 e 173.
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