"O teólogo Jaziel Guerreiro Martins, formado pela Faculdade Teológica Batista do Paraná, em sua obra Manual do Pastor e da Igreja (MARTINS, Jaziel Guerreiro, Manual do Pastor e da Igreja/Jaziel Guerreiro Martins – Curitiba: A. D. Santos Editora, 2002. 374p.), mostra não ser conservador quanto ao tema, mas afirma o seguinte: “Por tradição, os ministros realizam os batismos e os chamados ‘leigos’ acham isso plenamente natural, pois os pastores são líderes da pregação e do ensino e tomam por obrigação do ministério a celebração da ceia do Senhor e a realização dos batismos, podendo-se adicionar cerimônias fúnebres e casamentos. Entretanto, isso não quer dizer que a realização dessas tarefas seja monopólio daqueles que fazem parte do ‘clero’. Em Atos 8 tem-se o caso de Filipe que batizava, e ele não pertencia ao grupo dos apóstolos; era um dos sete escolhidos em Atos 6, ou seja, um diácono”.
Note-se que Filipe, embora não fosse membro do apostolado, era diácono, oficial da Igreja, e sua atuação foi de um evangelista, como é citado comumente.
'A igreja local é que deve ter a palavra final sobre a questão. Ela pode autorizar, se assim o quiser, uma pessoa leiga para batizar, em caso de necessidade”. O escritor cita casos de lugares distantes, outros locais onde não existem pastores… 'Nestes casos, é plenamente possível que tais líderes efetuem os batismos, caso a igreja os autorize, em caráter excepcional. Entretanto, se não há necessidade, a melhor decisão é que o pastor continue realizando batismos, pois já é algo tradicional em nosso meio, e sempre que possível a tradição deve ser mantida, embora ela não seja lei nem regulamento final sobre a questão', diz Jaziel.'"
As duas citações acima são do último post publicado no blog Fronteira Final, sobre o assunto aqui tratado, com o título "QUEM PODE E QUEM DEVE BATIZAR".
Quero parabenizar o meu companheiro Antônio Mesquita, pois nesta segunda abordagem, percebe-se claramente o equilíbrio e a biblicidade necessárias num assunto tão importante que é o batismo em águas. Obviamente, não concordamos em todos os pontos, mas respeito as posições do nobre companheiro.
Sobre a questão do batismo no Espírito Santo como prerrogativa para o ingresso no corpo de oficiais das Assembleias de Deus, destaquei apenas o fato das injustiças cometidas (e são fatos concretos), e fiz uma abordagem escriturística (embora muito objetiva) sobre o assunto. Respeito a posição da denominação, pois do contrário não faria parte dela. Mas, o fato de respeitar tal posição não me impede de emitir opinião que entendo ser bíblica, mesmo que contrarie a "boa tradição".
Quanto as perguntas retóricas feitas no mesmo post, todas elas já estão respondidas em QUEM PODE BATIZAR NAS ÁGUAS: A QUESTÃO BÍBLICA.
Mantenho meu respeito pelos pontos nos quais divergimos. Sou sabedor da seriedade e integridade do nobre companheiro. Tentei postar comentário no Fronteira Final, mas, por alguma razão não consegui. Não estou familiarizado com o Wordpress.
Só gostaria de respeitosamente fazer mais uma observação, desta feita sobre a frase abaixo, lá postada:
"Qual seria então o critério daqui para frente… Vamos imitar os nossos irmãos tradicionais e nos igualar a eles no que tange a essa questão?;"
Penso, com todo respeito, que ela deveria ser melhor esclarecida ou colocada, pois passa a idéia de que pelo fato de exigirmos o batismo no Espírito Santo para o ingresso no corpo de oficiais da igreja, somos melhores ou estamos num nível superior de espiritualidade em relação aos irmãos e igrejas tradicionais.
O batismo no Espírito Santo não prova espiritualidade e integridade moral de ninguém, nem coloca instituição alguma num patamar superior a outra. Prova disto são os últimos escândalos de nível nacional e em canal de TV aberta e "encoberta", promovidos por pastores assembleianos batizados no Espírito Santo.
Se hoje somos uma grande denominação, sem dúvida alguma o poder do Espírito cooperou para isto. Se não zelarmos e continuarmos a buscar esta maravilhosa dádiva divina com sabedoria e biblicidade, ela será extinta de nosso meio. A história já nos deu prova disto.
Penso que este salutar debate só tende a enriquecer os amados leitores.
Com temor e tremor,
Altair Germano.
4 comentários:
Olá pastor Altair, a Paz do Senhor!
Concordo com sua posição, pois tanto a Bíblia quanto a história, pelo menos a meu ver, dão respaldo para a prática da ministração do batismo por leigos. Claro que é necessário haver maior análise sobre o caso e tampouco defendo a "liberalização geral". Porém creio que leigos podem batizar, desde que estejam comprometidos com a congregação local e tenham a autorização da liderança eclesiástica.
Forte abraço e Paz do Senhor!
Caro amigo Altair Germano,
Ainda não tinha lido o seu texto, o que fiz agora, fazendo a leitura das partes 1 e 2.
Os nossos textos se corroboram mutuamente, como o irmão já pode constatar no [Blog do Ciro] e quiçá no Pastor Ciro Responde.
Parabéns pela imparcialidade e pelo compromisso com a sã doutrina.
Em Cristo,
CSZ
Amado Pastor,
Que tal um post sobre o batismo com o Espírito Santo na história da igreja. Desde já agradeço sua atenção.
Que Cristo continue te abençoando!
Luiz Gomes
Mas o beberibe tava limpo que era um beleza... Hoje no trecho do Recife este batismo seria impossivel.
Postar um comentário